A Lei Como um Carcereiro e Como um Tutor

Vs. 23-25 – A lei, portanto, serviu para um duplo propósito. Em primeiro lugar, a lei foi como um severo carcereiro que manteve Israel num cárcere. A lei os manteve sob custódia (“encerrados” e “guardados”) das nações que os cercavam até que veio o tempo quando “aquela fé” seria revelada, quando a redenção foi realizada (v. 23). Os judeus foram mantidos separados das nações pelos diversos regulamentos da lei quanto ao casamento, alimentação, propriedade, etc. “Aquela fé” é a revelação Cristã da verdade que veio a nós, por meio da morte e ressurreição de Cristo e da vinda do Espírito Santo (como regra geral, na Escritura, quando o artigo “a” está antes da palavra “fé”, refere-se à revelação da verdade Cristã. E quando o artigo não é usado, está se referindo à energia interior da confiança de uma pessoa em Deus). Observe que Paulo diz: “(nós) estávamos guardados debaixo da lei”. Ele fala em nome dos judeus nacionalmente, pois os gentios nunca estiveram debaixo da lei; ela era uma coisa imposta pelos crentes entre os gálatas por eles próprios, que eram de descendência gentia.
Em segundo lugar, a lei foi como um “aio [tutor – JND](v. 24). Observe novamente que Paulo diz: nos serviu de aio [tutor]. Isto se refere aos judeus, mas se entendida corretamente, a lei instruirá a todos quantos se atentarem para ela. A lei pode nos ensinar sobre a santidade de Deus e sobre a depravação moral do homem. As palavras: “para nos conduzir a” na versão Almeida Revista e Corrigida não estão no texto grego original. Tais palavras induzem ao erro, e podemos entender a partir delas que a lei tem o poder de trazer uma pessoa a Cristo. No entanto, a lei nunca irá levar uma pessoa ao Senhor Jesus para salvação – somente a graça pode fazer isso. O texto deve ser lido: “De maneira que a lei nos serviu de aio até Cristo (JND). Os judeus estavam sob a lei “até” o tempo da morte e ressurreição de Cristo por meio das quais a redenção foi realizada e a revelação Cristã da verdade foi revelada (Gl 4:3-6).
Infelizmente, aqueles que estão debaixo do concerto legal não aprenderam esta lição ensinada pelo aio (tutor). Eles ainda pensam que podem guardar as demandas da lei para sua bênção. Isso é um testemunho ao fato de quão depravado o homem na carne é. Depois de todos esses anos debaixo do tutor, a carne não aprendeu a simples lição de que não há “bem algum” no homem (Rm 7:18). Isso não é uma falha do aio, porque ele é “santo, justo e bom” (Rm 7:12). O problema está no material que o aio está instruindo – o homem na carne – o qual é incorrigível. Isso apenas mostra o quanto a raça humana realmente depende da graça de Deus para lhe prover redenção.
O trabalho de um aio é ensinar. A lei ensina:
  • A santidade de Deus.
  • A total depravação do homem na carne.