V. 2 – Para enfatizar
a importância de se atender à exortação para “permanecer firme”, Paulo fala com todo o peso de sua autoridade
apostólica, dizendo: “Eis que eu, Paulo,
vos digo”. O ponto neste versículo é que a obra de Cristo é o único terreno
verdadeiro de aceitação diante de Deus para o crente. Se uma pessoa tomar
qualquer outro terreno para sua aceitação, ela, com efeito, nulifica o único
terreno de expiação que existe.
Não foi dito aos gálatas pelos judaizantes que abandonassem sua fé
Cristã, mas que acrescentassem a guarda da lei à obra de Cristo como um terreno
adicional de aceitação para com Deus. Paulo mostra que isso é impossível. Ele
diz: “se vos deixardes circuncidar
(um termo que ele utiliza para se referir à adoção do sistema legal), Cristo de nada vos aproveitará”.
Simplesmente não pode existir duas bases de aceitação para com Deus, duas
salvações, dois caminhos de vida. A aceitação de um implica a rejeição do
outro. Não pode haver nenhum comprometimento; qualquer desvio destrói todo o
sistema de graça. Portanto, para os gálatas terem aceitado guardar a lei como
seu terreno de aceitação, significava que eles haviam efetivamente rejeitado a
obra expiatória de Cristo. A gravidade disso é impossível de ser exagerada. Se
uma pessoa está confiando em guarda da lei para sua justificação e aceitação
diante de Deus, então ela claramente não está descansando em fé na obra
consumada de Cristo para sua justificação. Se este é o caso, essa pessoa
absolutamente não é salva! Portanto, é como se Paulo estivesse dizendo: “Eu não
penso que você quer adotar este terreno, porque se o fizer, estará se colocando
na posição de uma pessoa que absolutamente não é salva!”