V. 2 – As próximas
perguntas de Paulo recuam na história dos gálatas, desde a conversão até ao
serviço deles para o Senhor. A própria experiência deles prova a loucura de
guardar a lei para justiça. Paulo não questiona a salvação deles; ele toma por
certo que eles possuíam o Espírito Santo. Os gálatas haviam “recebido” o Espírito (cap. 3:2); o
problema deles é que não estavam sendo “guiados”
pelo Espírito (cap. 5:18). Isto é instrutivo; embora tivessem sido salvos e
selados com o Espírito Santo, eles se tornaram insensíveis, e foram enganados
pelo inimigo das almas. Isso mostra que Cristãos verdadeiros não estão imunes
aos ataques e sutis enganos do diabo. Crentes verdadeiros podem ser enganados
por “espíritos enganadores e doutrinas
de demônios” (1 Tm 4:1). Portanto, não é suficiente ter o Espírito
habitando em nós para sermos guardados; devemos andar em comunhão com o Senhor.
Uma simples pergunta resolveria a questão no que diz respeito à salvação
de uma pessoa ser ou não “pelas obras da
lei”. Como os gálatas foram salvos? Receberam eles o Espírito Santo ao
fazer obras da lei ou por crer no evangelho? Obviamente que foi por crer no
evangelho. Ninguém jamais recebeu o Espírito por guardar a lei. A experiência
dos próprios gálatas deveria tê-los ensinado que bênção vem “no princípio de fé” (v. 9 – JND) e não
por guardar a lei.
Muitos Cristãos hoje estão orando para receberem o Espírito Santo, não
percebendo que eles já possuem a habitação do Espírito. O Espírito faz Sua morada
numa pessoa no momento em que ela crê no evangelho de sua salvação (Ef 1:13).
As Escrituras nos dizem que se um crente entende que Deus é seu Pai e consegue
elevar sua voz em oração a Ele, clamando: “Aba,
Pai”, isso é uma prova de que ele tem o Espírito habitando nele (Rm
8:14-15; Gl 4:6).