A Nova Vida Não Precisa de Lei

O erro de tentar acrescentar a lei à graça é assumir uma premissa que é totalmente falsa. Colocar a nova natureza sob a lei é supor que existe alguma coisa na nova vida que quer fazer o errado. Mas não existe nela tal impulso. A nova vida não deseja nada além de fazer a vontade de Deus, e, portanto, tudo o que ela  precisa é instrução quanto a isso. Deus nos deu as Escrituras para que possamos conhecer a Sua vontade, e também nos deu o Espírito Santo para nos dar o poder de fazê-la. Na medida em que o crente olha para Cristo e é assim capacitado pelo Espirito Santo, ele irá fazer aquelas coisas que serão agradáveis a Sua vista. Ele irá cumprir os “justos requerimentos (morais) da lei” sem estar debaixo da lei (Rm 8:4 – JND). Na verdade, ao viver a vida de Cristo, o crente irá muito além dos padrões morais da lei, como exibido na vida do Senhor, enquanto andou aqui.
Logo, pensar que a lei é necessária para guiar a nova vida, manifesta uma grosseira falta de entendimento da lei e da nova natureza no crente. A lei não pode corrigir a carne, e a nova vida não precisa da lei.

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Não devemos perder a linha de raciocínio de Paulo na defesa de seu apostolado. A razão para mencionar este terceiro encontro com Pedro é mostrar que Paulo não era nem um pouco inferior a ele, mesmo que Pedro fosse reputado como sendo o principal apóstolo. O ponto que os gálatas precisavam entender aqui era que não somente Pedro tinha sido repreendido por Paulo, mas que Pedro aceitou a correção! A segunda epístola de Pedro mostra que ele tinha recebido a correção de Paulo e que também se beneficiou dela (2 Pe 3:15-16). Os gálatas podiam aprender do exemplo de Pedro; se Paulo tinha o poder de corrigir o principal apóstolo, então certamente ele tinha o poder de os corrigir. Portanto, eles deveriam estar desejosos de receber a correção de Paulo quanto à posição e prática Cristã à parte da lei, como Pedro fez.