O capítulo 4 terminou com aquilo que o crente é pela graça de Deus – “livre”. Isso atua como uma transição
para o que se segue nestas exortações. Paulo começa com: “Estai [permanecei –
AIBB], pois firmes na liberdade com que
Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”. Esta é uma exortação à firmeza na
nossa posição e crença quanto à “fé que
de uma vez para sempre foi entregue aos santos” (Jd 3 – AIBB). Isso requer
um entendimento claro da verdade que Paulo apresentou nos capítulos 3 e 4. “Permanecer firme” na verdade deve
necessariamente vir primeiro nas exortações dos capítulos 5 e 6; as que se seguem
fluem a partir desta. É imperativo, portanto, que os gálatas estivessem
firmados na fé Cristã – particularmente naquilo que pertence à liberdade do
crente. Se eles estivessem firmes na verdade, os charlatões que os enganaram
não teriam sido capazes de desviá-los para dentro do “jugo da servidão” (Jo 8:32).
A posição a que Paulo se refere aqui não é a nossa posição diante de
Deus em Cristo pela fé em Sua obra consumada na cruz (Rm 5: 2; 1 Co 15:1; 1 Pe
5:12). Essa posição é uma coisa posicional
que é perfeita e completa e nunca pode ser alterada. Portanto, não há exortação
na Escritura em conexão com nossa posição em Cristo; é firme e certa em Cristo
no alto. O “permanecer firme”
mencionado aqui é algo prático em que
alguém se mantém firme em suas convicções sobre a verdade (1 Co 16:13; Ef
6:11-14; Fp 1:27, 4:1; 1 Ts 3:8; 2 Ts 2:15).
Nos versículos seguintes (2-15), Paulo apresenta um número de razões
pelas quais eles precisavam permanecer firmes na verdade.