V. 3 – Mais duas
perguntas são feitas. Elas endereçam outra falsa noção que os gálatas tinham –
que perfeição Cristã pode ser alcançada pelas “obras da lei”. Muitos Cristãos hoje pensam isso. Eles irão admitir
que um crente é justificado por fé, mas insistirão que ele deve guardar a lei
depois de salvo como uma regra para sua vida; caso contrário (eles pensam) não
haverá nada para impedir um crente de sair em direção a uma vida pecaminosa.
Esta é a essência do legalismo. Legalismo
é alguém intentar alcançar perfeição Cristã por meio do estabelecimento de
regras e regulamentos para a carne, em lugar de ter a Cristo como a força
motivadora em sua vida. Uma pessoa inclinada de tal forma pode fazer uso da
lei de Moisés ou usar um conjunto de regras que ela impõe a si mesma, todavia
em qualquer dos casos, maturidade Cristã não será produzida.
Paulo demonstra a falta de lógica disso perguntando: “Deus começa
fazendo uma obra sob determinado princípio, e então a conclui sob um princípio
oposto?” Se eles não puderam obter
salvação por esforços carnais, como poderiam esperar crescer em santidade em
direção à maturidade (“perfeição”)
Cristã por meio de esforços carnais? A verdade é que a lei não justificará uma
pessoa diante de Deus, e nem produzirá santidade num crente.
Pensar que o crente precisa da lei para guardá-lo de sair em direção ao pecado
é não entender o poder da graça. Quando a graça de Deus toma conta da alma ela
não o faz querer pecar; ela faz do crente um servo devoto do Senhor! Tal pessoa
desejará andar no “Espírito”. Ela
desejará mais de Cristo e viverá sua vida na esfera dos interesses de Cristo
(Gl 5:16). Consequentemente, o poder do Espírito será manifesto em sua vida na
forma de libertação das paixões malignas que emanam da natureza caída pecaminosa
(Rm 8:2).